2.7.13

A Hora Mais Escura

Adaptar fatos reais para o cinema tem suas dificuldades, principalmente quando se trata de fatos recentes. A morte de Bin Laden foi em maio de 2011. Produzir um filme como este em menos de um ano é impressionante. Este é o que podemos chamar de docudrama: um relato, com atores, de fatos reais (a tautologia é necessária neste caso). Ótimo. Tecnicamente não tem problemas (uau!). Trilha sonora original, fotografia no clima certo, ambientação verossímil, argumentos convincentes, etc. Tem o mesmo astral do outro filme da mesma diretora. O que me intriga é o acesso que lhes deram às informações do serviço secreto e militar dos EUA. E mais ainda, o quê nos permitiram ver. Qual o interesse em exibir mundialmente - em HD! - o que o Governo americano fez para invadir um país e matar em território estrangeiro? Isso não viola tratados internacionais e outros direitos? O Governo americano se retratou ao Governo Paquistanês? Saciaram mesmo a - sempre eterna - sede de vingança na morte do aterrorizante terrorista Bin Laden? Este filme me deixou muitas perguntas. Não me sinto mais seguro agora. E deveria? Quem os EUA elegerão como próximo inimigo a ser caçado obsessivamente? Aliás, a obsessão foi o que levou uma agente da CIA, jovem e sem outras experiências investigativas, a encontrar o esconderijo do sujeito mais procurado do mundo. E aqueles vídeos que põem em dúvida a autoria dos atentados de 2001? E aqueles outros que mostram a farsa e o envolvimento da mídia na criação de fatos noticiosos? Cara, cada dia que passa, tendo mais a acreditar na teoria da Matrix: vivemos num mundo ilusório apenas para produzir bioenergia para alimentar um sistema maquínico... Cypher é que estava certo! Uma música de uma banda hardcore cearense tem um trecho que diz: "...Foi treinado pela CIA e voltou pra se vingar: Osama Bin Landen..."

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