13.11.13

Grandes Dias do Século XX - Episódio 5

Segunda Guerra Mundial - Partes 1 e 2
As imagens são narradas com grande precisão e muitas informações mas o que mais chama a atenção é a coragem dos filmografistas. Muitas sequências apresentam explosões e tiros tão próximas que dá pra duvidar se aqueles cinegrafistas sobreviveram. As imagens são raras e de ângulos impressionantes. A edição mistura cenas de documentários de ficção e jornalísticas. O relato começa com as ambições audaciosas de Hitler e Mussolini e termina antes da tomada da Normandia. São quase duas horas de detalhes preciosos dos movimentos militares do Eixo e da Aliança. Rico documento.

12.11.13

Oz - Mágico e Poderoso

Conta como o mágico de Oz chegou a Cidade das Esmeraldas e tornou-se o que é (como mostrado no Alice no País das Maravilhas). É legalzinho. Oz é o Duende Macabro do filme do Homem-Aranha, pouco carisma... Oscar é um mágico canastrão em Kansas e quando fugia de um credor no circo onde trabalhava é atingido por um tornado e... Bum! País das Maravilhas, Cidade de Oz! Bruxas boas, bruxas más, etc, etc.

11.11.13

Conversas com JH

O documentário "Conversa com JH" retrata bem os dilemas e dificuldades do biógrafo. No caso, o autor nos mostra suas complicadas negociações com o biografado vivo João Havelange. É tão tenso que é quase cômico.

8.11.13

Até que a Sbórnia nos Separe

Animação baseada na peça 'Tangos e Tragédias'. Estilo agradável com ótima direção. A narrativa é simples e os conflitos são poucos para a duração do filme. Tem bons momentos de comédia e muita mensagem indireta. Toda a história é uma metalinguagem crítica à condição social no Brasil. É fácil encontrar mais informações sobre este filme na Internet, ele possui site oficial e trailer no YouTube. A direção é de Otto Guerra, o mesmo de "Wood &  Stock".

6.11.13

Truque de Mestre (Now You See Me)

De novo aqueles invencionistas de títulos destroem mais um filme. Não me conformo com tamanho desrespeito. Espetaculoso. É um filme frágil. O roteiro brinca com nossa imaginação e nos surpreende com o óbvio. Repleto de lendas urbanas e mitos modernos do universo do ilusionismo, nos vemos em meio a mágicas, truques e culturas remotas inextrincáveis. A fotografia é esplendorosa, assim como os efeitos visuais, sempre buscando o espanto ou o encantamento. Jogos de luzes e efeitos luminosos dançam em gigantes espaços internos e ao ar livre sobre edifícios e multidões. A trilha sonora também busca o lugar do impressionante mas, a bem da verdade, não causa esse efeito. Um grupo de mágicos de rua são reunidos por um misterioso personagem com a promessa de permitir-lhes a entrada no ancestral,mitológico, secreto e seleto "O Olho". Em três atos eles roubam centenas de milhões de dólares diante de milhares de pessoas e pela TV diante de milhões. Sabe aquele lance da "emenda no soneto"? Pois é, as explicações de como foram feitas as mágicas são forçadas e não convencem. E se eu contasse o final destruiria o filme. Que chato, né?

5.11.13

O Senhor dos Mares (Nova Zembla)

Baseado em um diário verdadeiro escrito por um dos tripulantes. Mais uma vez aqueles malucos de alguma associação de cinema brasileira colocam um título em português que nada tem a ver com o filme. Eu acho uma afronta o que fazem conosco. Deturpar o nome de um filme sob qualquer pretexto é uma completa falta de respeito com os realizadores e com o público. Aposentem esses caras por favor. Em 1596 o Império Espanhol dominava os mares e boa parte da Europa. A Holanda repudiava o catolicismo e promovia a República (sério!?) . Para chegar aos tesouros prometidos do Oriente era preciso encontrar um caminho que não cruzasse com os espanhóis. Então, após duas tentativas frustradas decididamente tentar chegar às Índias Orientais pelo Pólo Norte uma terceira vez. A trama central é o romance de um pobre e jovem escriba e a decotada, linda, loira, sensual e proibida filha do seu chefe (figura importante de Amsterdã). Para desposá-la ele pede para seguir com os marinheiros na perigosa viagem com a promessa de que voltando rico poderá finalmente tomá-la como esposa. A viagem segue sem problemas, além das intrigas de convivência, até chegarem a Nova Zembla (ilha russa local do maior teste nuclear já realizado: 50 megatons) quando tem início o inverno e o mar congela sob o navio. Durante o inverno o Sol se põe por seis meses. Eles usam a madeira do navio para construir um abrigo. Um a um vão morrendo os tripulantes pelo frio ou por ursos. A música é semi intimista e meio contemplativa. A fotografia é legal mas nem tanto. O roteiro é cliché total. A direção é lenta mas se mantém a mesma e passa bem o recado. O final é uma absurdidade sem fim. O cara conseguiu destruir o filme todo com uma das últimas sequências. O que foi aquilo?

4.11.13

Adeus Minha Rainha

Os bastidores da corte francesa em Versalhes sempre é assunto curioso, especialmente quando se trata dos dias da queda da monarquia na França. Em filmes com esta temática o que se espera é a fidedignidade do luxo, costumes e indumentárias que só a realeza era capaz. Então neste filme passeamos por todo o Castelo de Versalhes, sede do poder real na França de Luiz XVI. A protagonista é a leitora pessoal da bela e concupiscente Rainha - conhecida por seus saraus, bailes e festas no palácio Trianon - uma talentosa e dedicada órfã, que nós acompanhamos durante os três ou quatro dias desde a Queda da Bastilha até a prisão do rei. A direção é magnífica, a fotografia insofismável, a trilha sonora discreta, o figurino invejável, a ambientação primorosa, os textos bem realistas, no entanto, o roteiro me pareceu acabar antes do fim. Não vemos a captura da rainha, a prisão do rei é apenas sugerida e quem esperava ver pessoas guilhotinadas ficará na mão. O ponto de vista é um mergulho no cotidiano de uma serva pessoal da rainha onde vemos suas relações, atitudes e comportamentos das pessoas que cercavam, inflavam e estimulavam um estilo de vida condenável e excludente.

1.11.13

O Cavaleiro Solitário

O tal cavaleiro solitário passa a história toda acompanhado. Os efeitos visuais dão ao filme um aspecto peculiar. A computação gráfica é onipresente e nada disfarçada, pelo contrário, parece até uma proposta estética. O figurino e as locações são perfeitamente caracterizados. O humor é agradável e leve. Um advogado idealista e índio amalucado. Toda exuberância natural do Texas é lindamente fotografada. Sequências de ação mirabolantes. O roteiro é óbvio mas não decepciona. Muito bem contextualizado. A história se passa poucos anos depois do fim da Guerra Civil Americana e retrata de forma icônica diversos elementos das origens culturais e do passado histórico do EUA. Os conflitos indígenas, a corrida por metais preciosos, o progresso tecnológico (ferrovias, relógios, câmeras fotográficas, metralhadoras, etc.), migração chinesa e outras coisas. Tudo contado de maneira - superficial e - divertida. Tem muitos momentos engraçados mesmo. Boas sequências de ação, boas piadas, boas paisagens, boa direção e relativamente violento para os padrões Disney. Particularmente eu tive muitos lapsos de memória recursivos por causa da música e dos símbolos (estrela dos Texas Rangers, a indumentária country, etc.) que remontam a uma infância que julgava esquecida, minha primeira infância. Adorei este filme. Carismático, divertido, instrutivo, instigante e tecnicamente impecável.