5.11.13

O Senhor dos Mares (Nova Zembla)

Baseado em um diário verdadeiro escrito por um dos tripulantes. Mais uma vez aqueles malucos de alguma associação de cinema brasileira colocam um título em português que nada tem a ver com o filme. Eu acho uma afronta o que fazem conosco. Deturpar o nome de um filme sob qualquer pretexto é uma completa falta de respeito com os realizadores e com o público. Aposentem esses caras por favor. Em 1596 o Império Espanhol dominava os mares e boa parte da Europa. A Holanda repudiava o catolicismo e promovia a República (sério!?) . Para chegar aos tesouros prometidos do Oriente era preciso encontrar um caminho que não cruzasse com os espanhóis. Então, após duas tentativas frustradas decididamente tentar chegar às Índias Orientais pelo Pólo Norte uma terceira vez. A trama central é o romance de um pobre e jovem escriba e a decotada, linda, loira, sensual e proibida filha do seu chefe (figura importante de Amsterdã). Para desposá-la ele pede para seguir com os marinheiros na perigosa viagem com a promessa de que voltando rico poderá finalmente tomá-la como esposa. A viagem segue sem problemas, além das intrigas de convivência, até chegarem a Nova Zembla (ilha russa local do maior teste nuclear já realizado: 50 megatons) quando tem início o inverno e o mar congela sob o navio. Durante o inverno o Sol se põe por seis meses. Eles usam a madeira do navio para construir um abrigo. Um a um vão morrendo os tripulantes pelo frio ou por ursos. A música é semi intimista e meio contemplativa. A fotografia é legal mas nem tanto. O roteiro é cliché total. A direção é lenta mas se mantém a mesma e passa bem o recado. O final é uma absurdidade sem fim. O cara conseguiu destruir o filme todo com uma das últimas sequências. O que foi aquilo?

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