5.4.13

Os Intocáveis

Em 1987 Brian De Palma reuniu-se a um elenco estelar para um filme ímpar. No entanto ele deixou muitas lacunas na história. Notadamente, lapsos temporais que me deixaram confuso. É uma história baseada em fatos reais por isso, imagino a dificuldade em dramatizá-la de modo que não a tornasse chata. A Lei Seca impera nos EUA. Pode-se fumar em qualquer lugar ou estabelecimento. Beber não. Um corajoso gângster enfrenta a lei americana e seus operadores vendendo e obrigando comerciantes a comprar de bebidas importadas do Canadá ou produzidas clandestinamente nos EUA. Um agente federal é enviado a Chicago pra acabar com o já constituído império pirata de Al Capone. Então, em nome da lei, o caretíssimo Elliot Ness reúne uma pequena equipe de policiais locais e se autodenominam 'Os Intocáveis'. Conseguem com informações privilegiadas causar grandes prejuízos aos negócios ilícitos da máfia de Chicago e capturam membros-chave da organização criminosa. Reúnem provas e incriminam o grande fodão por sonegação de impostos, um crime federal gravíssimo. Bom, suponho que todo e qualquer americano saiba o que aconteceu então. Eu não sei, nem o filme me contou. Sei apenas que dos quatro intocáveis só dois chegaram ao fim do filme. A produção polimilionária deu conta do figurino, das locações e tudo mais com maestria. A direção é tão careta quanto o protagonista. A fotografia é de uma sobriedade 'claro-escuro' tão intensa que não consigo lembrar das cores deste filme, mas garanto que é colorido. O destaque é o roteiro com seus argumentos, falas e textos. Repleto de filosofia de botequim e máximas sarcásticas. Bom filme.