30.4.15

Sabotagem

Um clássico do enlatado americano. Direção inconsistente e vacilante. Fotografia abaixo da média. Trilha sonora imperceptível. Roteiro tosco. Diálogos non sense. Humor fora de timming. Enfim, tirando a produção nada presta neste filme. É uma ofensa a qualquer lapso de inteligência. Nem a perseguição de carros é verossímil. As motivações de todas as personagens são esdrúxulas. O desenvolvimento da trama é forçado e cheio dos piores clichês. O desfecho é o maior de todos os absurdos - além de inteiramente óbvio. O Cuba Jr. tá fodido com o seu empresário. Como é que o cara se nega a ser coadjuvante nos filmes da Marvel para ser num filme B deste? O papel dele é ínfimo aqui apesar de ter alguma importância nas sequências finais. Não entendi a proposta. Era uma homenagem aos "filmes brucutus" anos 1980 ou uma vitrine para vendas de armamentos? O chefe de uma equipe Federal de combate ao narcotráfico tem sua esposa e filho assassinados por um cartel de drogas mexicano. Meses depois, ele é sua equipe roubam 5% de 200 milhões de dólares numa operação contra o tráfico. Sem necessidade, eles tocam fogo em 190 milhões e passam seis meses sendo investigados pela própria polícia por causa de 10 milhões. (Dá licença! Como assim? Os caras torraram 190 à toa e vão ser questionados por causa de 10? Se tocaram fogo no dinheiro como dariam falta desse valor?) O dinheiro roubado sumiu e a desconfiança toma conta da equipe. Quando são reintegrados, eles começam a morrer um a um. Uma detetive da polícia começa a investigar os crimes, mas não descobre nada por si. Tudo que descobre é porque acaba sendo usada como uma confidente dos membros da equipe. [SPOILER] Por fim, existia um traidor no grupo (Dâ...). Vai piorar. Quando você souber o que o cara fez com o dinheiro roubado depois de tudo que aconteceu (fazer todo mundo passar seis meses num inferno de investigações, causar a morte de todos da equipe e de muitos inocentes), você vai concordar comigo. Ele simplesmente viajou sozinho ao México, colocou todo dinheiro sobre a mesa de um policial, descobriu o endereço do cara que matou esposa e filho e, sozinho, vai lá e mata geral. Para um fim digno e triunfal, o protagonista acende um charuto num ambiente de luz difusa e esfumaçado. Taqeopareu! Se o cara conseguiu fazer sozinho, por que não foi lá com a equipe? Se fuder, que filme ruim do caralho!

23.4.15

Shutter Island - Ilha do Medo

A direção é estranha. Movimentos de câmera atípicos. Cortes bruscos. Diálogos truncados. Trilha sonora tensa. Fotografia interessante com enquadramentos elaborados. Efeitos visuais interessantes. Dois agentes federais são enviados para uma ilha onde uma mulher fugiu misteriosamente de um manicômio de segurança máxima. Nada é o que parece. Surpreenda-se.

16.4.15

A Outra (The Other Boleyn Girl)

2008. Columbia, Universal e BBC chamaram Eric Bana, Scarlett Johansson e Natalie Portman para contar a história de Henrique VIII, pai de Elizabeth I, em sua louca busca por um filho varão. Casado com a Rainha Catarina e devoto da Igreja católica apostólica romana foi manipulado por um de seus conselheiros a envolver-se com suas sobrinhas, Ana e Maria. Encantado pela beleza das duas leva-as a corte, tem um filho com Maria, apaixona-se por Ana, anula seu casamento com Catarina, rompe o relacionamento com a Igreja Católica, torna Ana a nova rainha, tem uma filha com ela. Acusada de incesto, Ana e seu irmão são condenados e decapitados. Toda família do conselheiro e seus descendentes são mortos por ordem do rei. Maria cria seu filho no campo onde vai viver o resto da vida. A trilha sonora é clássica e intimista, a fotografia tem ares iluministas e capricha nos contrates de luz e sombra. A direção é fluida e conservadora. A produção é como se supõe: impecável.

9.4.15

O Candidato Honesto

Versão brasileira e menos inspirada do filme de Jim Carrey "O Mentiroso", sem dúvida. A avó à beira da morte pede a Deus que seu neto pare de mentir. Ele é candidato a deputado federal e está em vantagem há poucos dias da eleição. É uma comédia com poucos momentos engraçados e muito pastelão forçado. Padrão Globo de produção.

2.4.15

Hugh Laurie - Down by the river

2011. O ator Hugh Laurie (do seriado 'House') aceita o desafio de seguir pela estrada até as origens do Blues em Nova Orleans. Conversando com a câmera em primeira pessoa, ele desvenda parte da história dos ícones da música negra americana. Visita gravadoras, rodas de violão, lojas de discos e igrejas. Entrevista, canta e grava com homens e mulheres do blues enquanto revive e relembra músicas que tornaram o rio Mississipi o lugar sagrado da música afro-americana. Em menos de uma hora somos apresentados a uma miríade de ritmos, cantos e instrumentos que penetram a alma e nos aproxima de uma das mais belas artes humanas.