6.1.04

O Dia do Perdão


Quase um filme de arte. Um roteiro lento, uma direção parada, com tomadas longas e angustiantes, o uso do zoom foi uma preocupação óbvia do diretor com a ação acontecendo longe dos olhos. A fotografia foi bastante trabalhada e a trilha sonora é ensurdecedora, só consigo me lembrar do som dos helicópteros e dos tanques. Dormi profundamente 3 vezes, ou seja, assisti o filme por partes. Dormi na primeira meia-hora, depois de uma hora e quase no final. O filme apresenta uma abordagem israelence da Guerra do Yom Kippur. "Esta guerra aconteceu em 1973 e envolveu o Egito e a Síria contra Israel. Como os judeus mantiveram as áreas ocupadas em 1967, Síria e Egito fizeram um ataque surpresa a Israel durante o feriado judeu de Yom Kippur, o Dia do Perdão. Os israelenses responderam violentamente à ofensiva, mas os egípcios chegaram a penetrar 15 quilômetros em território judeu. No filme, o inimigo é invisível, só são reais as balas, os mortos e os feridos. Os diálogos são breves e o que se assiste é o desespero organizado, o heroísmo e a luta contra a exaustão. Conta a história de um tenente e um sargento que cumprem a missão de resgatar os feridos e os soldados perdidos no campo de batalha e acabam atingidos também. É uma história densa, lenta e envolvente. Na tradição judaica, Yom Kipur, o Dia do Perdão, é o dia mais sagrado e solene do ano. No dia de Yom Kipur o poder do mal é suspenso e a Santidade Suprema é revelada. Em Yom Kipur o homem tem a possibilidade de se elevar espiritualmente atingindo o nível dos anjos. Foi neste dia que Deus perdoou o bezerro de ouro e que, após 40 dias de súplica, Moisés desceu com o segundo par de tábuas dos Dez Mandamentos, prova do perdão Divino pelo pecado do bezerro de ouro.
Saiba mais:
Omelete

Nenhum comentário: