24.7.14

Lampião O Rei do Cangaço (1964)

Dirigido por Carlos Coimbra. Glória Menezes como Açucena. A trilha sonora orquestrada é um sofrimento pra mim. Nota-se um apuro exagerado na música e a música-tema de Lampião é explorada ao limite. É um filme tão parecido com o ficcional de 1961 (A Morte Comanda o Cangaço) que bem poderia fazer parte do projeto para uma trilogia. A diferença mais gritante é a qualidade da produção. O roteiro tem certas soluções que causam estranheza e possui alguns elementos audaciosamente cômicos. A cultura regional é mostrada de maneira incrívelmente variada e exibe um grande elenco de modalidades poéticas, crenças, festas, vaquejadas, cabarés, crendices, danças, ritos e músicas. O argumento é repleto de frases de efeito e citações dramáticas. Aqui a direção abusa dos clichés e a montagem tem falhas graves. Baseado em histórias e fatos verdadeiros expõe de modo simplório e raso o envolvimento do Governo com o advento do cangaço e a problemática Coluna Prestes com sua ideologia de justiça igualitária. O pai de um jovem fazendeiro é morto por capangas em Alagoas. Ele jura vingança e se torna conhecido no sertão pelo nome de Lampião. Para combater os rebeldes militares da Coluna Prestes o Governo arma o bando de Lampião até de metralhadoras, lhe dá patente militar e o envia a Pernambuco. Depois de haver anulado a Coluna Prestes, o Governo passa a tratar Lampião e seu bando como criminosos. Encurralado e com poucos homens Lampião parte pra Bahia onde encontra Maria Bonita.

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