13.8.13

Cinema, Aspirina e Urubus

Seis minutos iniciais são apenas um cara dirigindo um caminhão no sol quente do agreste nordestino em estradas viscinais de 1942. No caminhão, o mais novo milagre da farmacologia moderna: a aspirina. Para fazer as pessoas comprarem uma das mais hipnóticas mídias já criadas: o cinema. A trilha sonora é pura nostalgia. É incrível perceber que as locações mudaram tão pouco ainda hoje em dia. Percorrendo o sertão, o alemão vendedor de aspirina, vai dando carona a quem pede e conhecendo suas histórias e ambições. Um dos seus caroneiros torna-se seu ajudante e companheiro de viagem. Então quando finalmente ele fecha um bom negócio o Brasil declara guerra à Alemanha e interdita as operações de todas empresas alemãs. O alemão deixa tudo no sertão e parte para a Amazônia. A fotografia é estourada no limite do que é permitido pela luz da caatinga. O ritmo do filme é  lento mas nos envolve gradualmente. O destaque é o resgate musical, no mais é meio sacal mas é tecnicamente muito equilibrado.

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