25.9.14

O Lobo de Wall Street

Só a nudez das atrizes já vale a pena. Trata-se de vendas sem escrúpulos, sem limites, sem respeito, sem honra. Tudo pelo dinheiro. Dinheiro a qualquer preço. O filme conta em três horas como a ambição desmedida e a arte da persuasão podem levar o ser humano médio ao topo do luxo e do conforto material. Um jovem corretor começa sua carreira em Wall Street mas logo se vê desempregado. Sua lábia e desembaraço o levam a montar sua própria empresa de corretagem. Atuando fora de Wall Street, ele negocia papéis especulativos e ludibria centenas de pessoas com promessas de lucros milionários. Sua empresa cresce. Seu desempenho em vender e treinar vendedores é insano e eficaz. Em poucos meses consegue movimentar dezenas de milhões de dólares em papéis que valem quase nada. Suas transações despertam o interesse da mídia, das grandes corretoras dos EUA e do FBI. Ele e todos os funcionários da sua empresa tem comportamento esdrúxulo e pervertido. Casado com uma cabeleireira, separa-se dela e se casa com uma mulher ('a' mulher, linda, perfeita aos olhos, o máximo do ideal da perfeição feminina) que conheceu numa de suas festas de arromba. Chega ao topo. Consegue tudo que o dinheiro pode comprar: mansões em lugares de luxo, iates, Porsches, Ferraris, Lamborghines, helicópteros e conta na Suíça. Viciado em drogas e sob investigação, termina cometendo erros e tomando decisões que o complicam ainda mais. É indiciado, perde seus bens, a esposa e é preso por alguns anos. Termina dando palestras sobre vendas pelo mundo. É um filme bem divertido. Com muitas situações engraçadas e muita idéia para o que fazer quando se tem dinheiro pra rasgar. Tem uma direção fabulosa. A trama é conduzida de forma magistral. Nos leva do drama ao erotismo, do suspense à comédia de forma tranquila, natural e agradável. A trilha sonora é divertida e muito adequada. A fotografia tem bons momentos, é estável e conservadora. A história em si é intrigante e mexe um pouco com nossa própria autoestima.

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