17.10.13

Depois da Terra

A seriedade da personagem interpretada por Will Smith contrasta brutalmente com todos os demais papéis que ele já interpretou. O conceito tecnológico é curioso e parece alienígena. Holografias e botões nada ergonômicos além de soluções bélicas e médicas bem interessantes. Após uma tempestade de asteróides uma nave cai na Terra e os sobreviventes são apenas o pai general e filho cadete. A Terra é um planeta devastado que foi abandonado pelos humanos há cerca de mil anos. Na queda o general quebra suas duas pernas e, para enviar um sinal de ajuda, seu filho cadete precisa chegar a cauda da nave que caiu a cem quilômetros de onde eles estão. Existe um drama de identidade com o garoto que revela certas discrepâncias comportamentais que não acho que sejam típicas. "O medo está no futuro. É produto de nossa imaginação. O perigo existe e é real, mas o medo é uma escolha". Esta citação é uma fala do general que demonstra exatamente o tom de toda narrativa. A fotografia é linda e exibe uma natureza exuberante com belíssimas paisagens. É uma grande lição de moral e aprendizado. Todo o filme é uma metalinguagem quanto a responsabilidade, desejos pessoais e amor fraterno. O garoto começa a grande caminhada sendo guiado pelo pai pessoalmente, depois artificialmente e por fim mentalmente. Sempre no intuito de gerar sua própria autoconfiança diante dos perigos da natureza, da vida, etc... Tem muitos outros elementos subliminares que vale apena uma conferida futura. A trilha sonora beira o intimismo com acordes de pianos e ritmos introspectos. A direção é equilibrada e nada monótona.

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