24.12.12

Poucas Cinzas

Aquela teoria da 'mente-mestra' (R. Hills) também se aplica aqui com a convivência de 3 gênios em suas artes: literatura, pintura e cinema. Um erro publicitário proposital (ou jogada de marketing, como queira) aponta para o personagem de R. Patterson (Salvador Dali) como protagonista quando a trama toda é centralizada em Lorca e sua homosexualidade mal resolvida. Buñuel, amigo de ambos, demonstra aversão e intolerância ao homoerotismo. O filme é lerdo e quase letárgico. Se passa na Espanha da década de 1920 aponta superficialmente uma gama de fatos culturais, políticos e econômicos que afetam o mundo (especialmente Espanha, França e EUA) mas não aprofunda nem clareia nada. Se quiser vá estudar. Na verdade ele deixa claro que o título do filme "O Cão Andaluz" (feito em Paris com a parceria de Buñuel e Dali) é uma referência a Lorca. A produção é caprichada mas quase não vemos os trabalhos de Dali ou Buñuel. Não me sinto bem quando enganado, mas devo admitir que é a melhor atuação do vampiro crepuscular mesmo sendo esta uma obra anterior a que o tornou famoso.

Nenhum comentário: