9.12.12

Anônimo

No início do século XVII, reinava Elizabeth I na Inglaterra, Gales e Irlanda. Um reinado protestante e conflituoso com a católica e hegemônica Espanha. A rainha era excepcionalmente bela e - reza a lenda - promíscua. Nunca casara mas colecionou amantes e filhos bastardos. O filme revela até a possibilidade de relações incestuosas e crimes contra seus próprios familiares. O teatro era largamente difundido na Inglaterra e usado como expediente de diversão e informação pelas camadas populares sendo, no entanto, considerado hediondo e herético pela religião anglicana. O Duque de Oxford que outrora fora amante de Elisabeth revelou-se ser também seu filho embora ambos não soubessem à época. Atormentado por vozes internas, exorcizava seus pensamentos escrevendo peças e poemas. Para vê-los publicados e/ou em cartaz somente com o anonimato. Então  contratou um dramaturgo fracassado para encenar suas peças e assumir sua autoria. Um ator semi-analfabeto e ambicioso chamado Will Shake Spiere assume no palco a autoria das peças que o vacilante dramaturgo fracassado temia fazê-lo. Ricamente ambietado, suave trilha sonora, diálogos e citações eloquentes além de direção fluida e envolvente. É um filme excelente, mas somente para quem tem algum conteúdo. Digo isso por que quando adquiri a cópia deste DVD a gentil pessoa que me vendeu tentou demover-me da compra dizendo que o filme era péssimo. Quem é mesmo a mãe de todos os vícios?...

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