19.12.14

O Barão Vermelho

Jovem, determinado, pouco carismático e parente da assassina brasileira Von Richstophen. Voou pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial, derrubou mais de 80 aviões aliados, tornou-se responsável por toda força aérea alemã e foi abatido em 21 de abril de 1918 aos 25 anos. O filme é um drama que narra de forma peculiar a trajetória militar do ás Barão Vermelho, o Diablo Rojo, temido, odiado e respeitado por amigos e inimigos. Sua ascendência nobre é muito pouco mencionada mas deixa claro que parte de seus privilégios provêm disso. Torna-se um ícone alemão e é explorado como instrumento de propaganda militar e de inspiração cívica. É um filme mediano com produção modesta. Seu maior defeito é a trilha sonora insalubre - e insistente - de motivos épicos e heróicos que toca a todo instante a ponto de saturar nossos ouvidos. É repetida indiscriminadamente e ultrapassa os limites do suportável. Tem aquele tom heróico típico mas é associada a cada aparição do protagonista. Um pé-no-saco. O roteiro é bem resolvido e resume os acontecimentos no lado alemão da guerra. A fotografia é afetada pela grande quantidade de cenas com fundo artificial e os efeitos visuais realmente não convencem muito. A direção apresenta muitos pulos de continuidade e evita exibir cenas de fatos presumíveis - imagino que torna a história confusa pra certos públicos. As cenas de combate aéreo também são pouco inspiradas. O estilo do diretor não me agradou muito mas é perfeitamente aceitável. É uma história curiosa mas infelizmente contada com poucas emoções: apenas orgulho e tristeza. Nada há de inspirador, envolvente ou instigante -que seria bastante plausível posto ser a primeira guerra humana no ar. Resta-nos admirarmos a ousadia de jovens pilotos que demonstram uma maturidade atípica.

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