28.1.13

Maria Antonieta

A austríaca guilhotinada era parente da nossa demi-sancta imperatriz Leopoldina. Parênteses. Napoleão, Rodolfo e Leopoldo são nomes irmãos. Não consigo citar um sem me lembrar dos outros. Fim do parênteses. Este filme começa com o casamento arranjado entre ela e o  herdeiro do trono francês. A mais nobre das côrtes. Expõem-se as expectativas criadas e cobradas por parte da alta côrte francesa. Os ritos e etiquetas. A aproximação fria do casal. O desinteresse por parte do futuro rei Luís XVI. As nobres futilidades. Passei o filme todo esperando a revolução. A trilha sonora é enjoada e não vi nada de muito francês. A direção é cadenciada e progride lentamente. A fotografia sem filtros não combina bem com o figurino. Espetáculo constante são as locações. O casal real é coroado e ainda não consumaram o casamento. A contagem do tempo fica a mercê de nossas próprias percepções. A pressão em produzir um herdeiro é um fardo custoso mas finalmente atendido. Petit-Trianon é presenteado pelo rei a nova mãe. A mãezinha usa-o para seus passatempos boêmios culturais. É um palácio das delícias. A estranha moralidade da alta côrte torna agradável qualquer casamento arranjado. Falta ênfase nas ações históricas relevantes e o foco é centrado na intimidade (ainda assim superficial) da rainha. O envolvimento do exército francês na libertação dos EUA tornou-se fundamental para o que acontecerá à realeza em seguida. O desinteresse e a falta de envolvimento do Rei no Governo da França pela sua população, seu autocentrismo e seus caprichos megalomaníacos atingiram profundamente os sentimentos do povo francês. O clímax é a invasão de Versailles e a captura do casal. E o filme acaba com gostinho de quero mais.

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